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Cavaleiro d'Éon

Cavaleiro d'Éon

 

PERFIL

Crossdressing à francesa

Crossdressers são difíceis de definir. Homens que se vestem de mulheres e que, não raro, se permitem fazer todo o papel feminino de forma intercalada com ocasiões em que são “homens comuns”. Confundiu? Talvez ajude conhecer um dos primeiros praticantes de crossdressing de que temos registro!


por W.R., a repórter CD

O nome do personagem é Cavaleiro d’Éon, e ele nasceu em 5 de outubro de 1720 em Tonnerre, França. Suas “travessuras”, digamos assim, aconteceram principalmente na época do reinado de Luís 15.


Cavaleiro d'Éon / Reprodução

Primeiros passos
Charles Genevieve Louis Auguste Andre Timothe Éon de Beaumont, nome verdadeiro do Cavaleiro, era filho de um advogado da alta corte, Louis d’Éon de Beaumont, e da senhora Françoise de Chavanson. Concluiu sua educação no Colégio Mazarin, em Paris, tornando-se secretário do Monsenhor de Savigny, administrador do departamento fiscal da cidade.

Desde pequeno, como que para se divertir, a mãe o vestia com as roupas da irmã – e “ajudava” o fato de d’Éon Júnior” não ter uma estrutura física varonil. Ele era miúdo de corpo. Sua cintura era fina; seus pés e mãos, pequenos; e tinha cabelos macios e olhos azuis.

Tudo isso, por sinal, lhe valeu em uma aposta feita com seus colegas de academia e esgrima: a de que enganaria Madame de Pompadour, esposa de Luís 15, passando-se por uma donzela. Seu êxito foi tão grande que enganou o próprio rei, que viu no acontecimento uma oportunidade para suas ambições diplomáticas e comerciais com a Rússia.

Carreira diplomática
Luís 15 havia enviado dois embaixadores para negociar com a imperatriz russa Elizabeth, mas sem sucesso, já que homens não podiam ter acesso à corte russa e discutir adequadamente com a imperatriz. Ele precisaria enviar uma mulher, mas, naqueles tempos, uma mulher não conseguiria superar certos perigos. A solução foi enviar d’Éon como embaixador-espião, vestido de mulher.

O Cavaleiro aceitou a missão, teve a identidade mudada para Senhorita de Beaumont e conseguiu chegar à corte como mulher.

Elizabeth acabou descobrindo que d’Éon era um homem – e se tornou sua amante! Resultado: o Cavaleiro conseguiu, com sucesso, a assinatura de um tratado entre os dois países, beneficiando a França.

O êxito na Rússia não deixou que ele “tirasse férias”. Logo, foi enviado à Inglaterra como Capitão dos Dragões, onde também obteve êxito, não fosse um incidente, digamos, de foro íntimo internacional: a ele foi atribuída a paternidade de uma criança, filha da rainha Sophia Charlotte. De toda forma, da relação amorosa, procedeu-se a reconciliação entre França e Inglaterra. Nessa época, rolavam rumores, na França, de que d’Éon fosse hermafrodita.

A evolução de um mistério
Certo dia, Sophia solicitou o comparecimento do Cavaleiro em seus aposentos para ver seu filho doente, pois havia sonhado que somente d’Éon podia curá-lo.

Quando o Cavaleiro chegou, o rei George 3º os viu e ficou furioso. Para salvar a rainha, Cockrell, assistente de Sua Majestade, mentiu para George 3º, dizendo que d’Éon era uma mulher.

George escreveu a Luís 15, que, aconselhado pela esposa e com o objetivo de manter uma boa relação com os ingleses, confirmou a feminilidade de d’Éon. O germe da controvérsia atravessara o Canal da Mancha: o gênero do Cavaleiro havia se tornado especulação e aposta na Bolsa de Valores britânica.

O Cavaleiro d’Éon também foi protagonista de outras histórias interessantes. No reinado de Luís 16, por exemplo, ficou formalmente acertado que ele jamais pisaria em solo francês como homem ou portando armas.

Assim, ele se tornou, digamos, uma Amazona d’Éon, embora mantivesse ali uma amásia, Nadejda, que havia conhecido na Rússia e com quem teve um filho, que morreu vítima de febre.

D’Éon continuou se vestindo de mulher mesmo após a eclosão da Revolução Francesa e a decapitação de Luís 16, a fim de proteger a rainha Sophia, da Inglaterra, país para onde ele e Nadejda haviam se mudado.

O Cavaleiro morreu em Londres, em 1810, aos 83 anos. Na ocasião, verificaram que era realmente um homem. Chegava ao fim um mistério e começava o martírio do rei George 3º.

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