FETICHE
Você leitor, já recebeu ou deu um beijo bauruense? Não? E um beijo negro, um beijo grego ou um beijo natalístico? Que tal um botão de rosa, uma tulipa roxa, fazer uma laminha? Tá bom, sejamos diretos: cunete. Alguém a fim?
por Deco Ribeiro
Cunete e todos os termos acima se referem à prática de lamber e beijar o ânus da parceira, ou receber a mesma carícia; é um tipo de sexo oral, só que atrás. Na frente, seria o popular boquete.
É difícil encontrar estatísticas sobre o assunto. Mesmo se tornando uma prática cada vez mais frequente entre os heterossexuais e os homens que curtem boneca, poucos assumem que sentem prazer na região anal, devido, em boa parte, a preconceitos um tanto quanto machistas.
Dessa maneira, é difícil encontrar quem fale abertamente do assunto ou quem não faça cara de nojo ao ouvir falar de “lamber o cu”.
“A primeira vez que lamberam meu cu, eu era adolescente”, confessa Jônatas (nome fictício), 25 anos, estudante de design. “Foi uma experiência cósmica [...]. Gozei duas vezes seguidas sem botar a mão no pinto [...]!”.
Só esse depoimento revela as duas principais motivações de um cunete: atingir o orgasmo, uma vez que o ânus é provido de inúmeras terminações nervosas, além de ser uma zona erógena particularmente sensível.
Por isso, muita gente utiliza o cunete também como forma de massagear intensa e agradavelmente, pela proximidade, a raiz do pênis, o que estimula o fluxo sanguíneo e, consequentemente, a ereção, o que faz com que a prática seja útil tanto para ativos quanto para passivos que fazem sexo com travesti.
“Eu adoro”, confessa Hugo (nome fictício), 30 anos. “Meto a língua mesmo. Gosto de lamber, beijar...”.
Pelo próprio local de contato, é claro que uma higiene anal prévia é indispensável. Senão, você corre o perigo de fazer “laminha”: “É quando a pessoa não se limpou direito e fica aquela laminha na língua”, explica Hugo. “É a melhor parte!”. Como toda prática sexual, há gosto pra tudo, não?
No entanto, embora o anilingus (o nome oficial do cunete) envolva menos riscos de contágio da Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis do que o boquete e o anal, existe, por exemplo, a possibilidade de transmissão das hepatites B e C e do herpes, além de parasitas intestinais e bactérias.
Por isso, a despeito do que relataram nossos entrevistados, o sexo 100% seguro recomenda o uso de uma barreira entre a boca e o ânus, que pode ser um filme plástico ou uma camisinha recortada. Nos Estados Unidos, são até vendidos acessórios especialmente usados para isso (e para o sexo oral na vagina), os dental dams. Fica, portanto, a dica, ok?
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