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Descobrir-se travesti - II

Descobrir-se travesti - II

REPORTAGEM

O descobrir-se de uma travesti - parte 2 (final)

Assumindo-se depois da mudança

por Marcos Piovesan

No texto anterior, falamos de como e quando ocorre a descoberta de uma travesti. Como, criadas como meninos, descobrem que se identificam com a feminilidade e as reações que isso causa no seio da própria família... Não à toa, continuaremos no tema, enfocando o preconceito.

O preconceito atrapalha o assumir-se
Devido ao fato de a sociedade não entender muito o universo que cerca as travestis, há as que se reprimem durante anos até assumirem sua verdadeira condição. “Durante muito tempo, fui me anulando, sabendo quem eu era na verdade, por causa da pressão imposta por minha família. Eu me olhava no espelho e não gostava daquela imagem de homem à minha frente”, conta Rafaela, 30 anos, de Brasília/DF.

O preconceito chega à escola, e, por esse motivo, também é comum que travestis tenham baixa escolaridade e altas taxas de evasão escolar.“Eu me descobri muito cedo e, por isso, comecei a tomar hormônio ainda na minha adolescência. Sofri muita violência dos meus colegas de escola na época [...]. Acabei parando de estudar”, narra Paola, 25 anos, de São Paulo/SP.

A baixa escolaridade acaba dificultando a inserção no mercado formal de trabalho, e a prostituição aparece como forma de sustento. É um círculo vicioso, que começa no preconceito e no estigma imputados pela sociedade, que não lhes abre as portas e as marginaliza, ignorando que elas têm as mesmas necessidades dos outros cidadãos.

A respeito desse assunto, Maitê Schneider, 40 anos, transexual de Curitiba/PR, discursa: “Temos de acabar com este pseudomoralismo e começarmos a encarar a prostituição como uma profissão como outra qualquer. Isso é um fato. O que não posso concordar é que pessoas se obriguem a se sujeitar como escravas ou façam coisas contra sua vontade, somente como única saída de sobrevivência...”.

Um dia para elas
Em 2004, algumas travestis brasileiras reivindicaram seus direitos entrando pela primeira vez no Congresso Nacional, em Brasília, com o objetivo de lançar a campanha “Travesti e Respeito”, do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

Desde aquela data, começou a ser celebrado por todo o Brasil, no dia 29 de janeiro, o Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais, que tem o objetivo de despertar na sociedade, e até mesmo nelas, a noção de que as TTs são seres humanos com os mesmos direitos e deveres de qualquer outra pessoa – e que qualquer forma de preconceito é uma questão social que deve ser mudada. Você já fez sua parte nesse sentido, caro internauta?

Muitas pessoas acreditam que as travestis são um fenômeno atual. No entanto, em registros tão antigos quanto o Kama Sutra – escrito entre 1.500 a.C. e 600 d.C –, já existia uma definição para pessoas tidas como "terceiro sexo" (tritiya prakriti), meio-termo entre homem e mulher.


Fotos: © Fallms

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