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Trans com mulher

Trans com mulher

REPORTAGEM

Tesão (quase) entre iguais

Acredite ou não, também existem garotas que são vidradas em uma travesti!

por Anelise Csapo

Quem disse que apenas os homens podem curtir as delícias do “terceiro sexo”? Muitas mulheres também se interessam por esse prazer especial. Afinal de contas, estamos falando de fantasias sexuais recheadas de peitos, bundas e pintos!

Variedades
Segundo a maioria das garotas T-lovers que entrevistamos, a ideia que mais lhes chama a atenção é a de que uma travesti seria fisicamente parecida com uma mulher, mas teria um “membro verdadeiro” entre as pernas para lhes proporcionar o prazer sexual que tanto as agrada.

A dificuldade é definir: seria um tipo de relação lesbo com um pênis ou uma relação hétero entre duas fêmeas? E, no entanto, ambas as opções parecem contraditórias em si mesmas. Isso mostra que, quando falamos de seres humanos, há uma enorme amplitude de variações, orientações e condições sexuais e – por que não dizer? – sentimentais, algumas das quais ainda nem foram rotuladas.

Nem todos entendem isso, e, consequentemente, nos deparamos com tabus, preconceitos e muita ignorância. “As pessoas querem me classificar quando conto que tenho fantasias com travestis, mas é uma questão de variedade sexual que não depende de identidade hétero ou homossexual”, diz Marcela*, uma garota de classe média alta que já namorou uma travesti.

Como o leitor sabe muito bem, temos de admitir que uma boneca oferece um leque de opções de prazer como sedução.

A versatilidade é um item de destaque, especialmente quando observamos que há, entre elas, um conceito de liberdade muito forte em relação às questões sexuais. “Eu as vejo como mulheres com um detalhe a mais. Elas são mais dóceis e delicadas comigo do que qualquer cara com quem já saí. Me dá muito prazer pensar que estou com um homem que não tem medo de assumir seu lado mais feminino, chegando até a exteriorizá-lo no cotidiano”, pondera Daniela*, que sempre sai com travestis, mesmo quando precisa pagar.

Trocando papéis
A sexualidade humana é concebida cientificamente sobre quatro pilares: sexo biológico ou gênero: homem ou mulher, ou, talvez de uma forma mais apropriada, macho e fêmea; orientação sexual: que tem a ver com desejo, por quem nos sentimos atraídos; identidade de gênero: o “sexo psicológico”, ou seja, como nos vemos a nós mesmos; o papel sexual ou de gênero: aquilo que a sociedade entende como masculino e feminino e assimilamos.

Dizendo assim, já percebemos que a coisa não é tão simples. Que dirá quando nos damos conta de que as divisões não são estritas e há pessoas que parecem “migrar” de um polo a outro...

O caso das meninas que curtem travestis, por exemplo, nos incita a alguns questionamentos interessantes: com quem você quer ir pra cama? Com alguém do seu sexo? Com alguém do sexo oposto? Com alguém do sexo oposto, mas semelhante ao seu sexo? Com alguém do seu sexo, mas semelhante ao sexo oposto? Que confusão!

Na verdade, pouco importa com quem você quer ir pra cama, pois a questão vai muito além da biologia e até mesmo da orientação sexual. Termina caindo nos papéis sexuais, que têm a ver com comportamento – algo, por definição, altamente volátil.

Para Marcela, por exemplo, é muito bacana “um cara” que se comporte como uma mulher: “Fico excitada com um corpo feminino, mas não com o sexo feminino em si. Gosto do toque masculino e de seu cheiro misturado ao físico feminino”.

Se papel sexual tem a ver com comportamento, o simples fato de ser mais feminina ou mais masculino não delimita as ações de cada um com base nos seus desejos e fantasias, ao contrário do que se pensa. “Não pense que todas as mulheres que me procuram são masculinizadas, lésbicas, ou o que quer que seja. Não há um padrão de definição para as T-lovers, mas pode ter certeza de que muitas são as garotas que gostariam de ‘comer’ seus namorados – e você não faz ideia da variedade de tipos em que essas mulheres se encaixam”, conta Jackie, travesti que faz programas na Rua Amaral Gurgel, no Centro de São Paulo, e diz já ter saído com muitas mulheres.

Papel sexual também não diz muito sobre orientação sexual. O fato de uma mulher ser mais masculinizada ou um homem mais efeminado nem sempre é uma “pista” sobre por qual sexo ele ou ela se sente atraído (a).

Mesmo assim, os papéis sexuais são grande fonte de discriminação, uma vez que é exatamente como a sociedade percebe você, ainda mais quando o que você faz não está de acordo com o que o povo espera. “Já fui bastante discriminada entre minhas próprias amigas ao contar que gostava de fazer sexo com travestis. Acabei fazendo amizades com homossexuais, porque eles me entendiam [...], mas duvido que alguma daquelas hipócritas nunca tenha tido uma mínima curiosidade sobre a relação sexual com travestis. Eu é que não conto. Se quiserem saber, que descubram, né?”, brinca Daniela.

Hamlet, no famoso texto de Shakespeare, já dizia que “existem muito mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia”. Isso também se aplica à variedade sexual. Há muita mulher disposta a largar a “cinta-caralho” por um tempo e se aventurar a conhecer mais sobre “o lado de lá” – e você, já perguntou à sua gata o que ela pensa sobre o assunto?

* os nomes foram trocados a pedido das entrevistadas

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